OS CONVÊNIOS COM ONGS SÃO UMA NINHARIA PERTO DOS MEGANEGÓCIOS FECHADOS
ENTRE O FI-FGTS, COMANDADO PELO MINISTRO CARLOS LUPI, E A
MAIOR CONSTRUTORA DO BRASIL; DE DOIS ANOS PARA CÁ, MAIS DE R$ 2 BILHÕES,
EM RECURSOS DOS TRABALHADORES, JÁ FORAM DRENADOS PARA A EMPREITEIRA
BAIANA; SERÁ QUE É POR ISSO QUE ELE NÃO CAI?
15 de Novembro de 2011 às 00:05
247 – O
ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é a chamada bola da vez. Pode cair a
qualquer momento, em função de convênios fechados com Organizações Não
Governamentais. Um deles, por exemplo, trata de R$ 13 milhões que foram
destinados à Fundação Pró-Cerrado, cujo dono, o empresário Adair Meira,
emprestava um jatinho para o ministro do PDT.
No entanto, os acordos com as ONGs são uma ninharia perto dos grandes
negócios que passam pelo Ministério do Trabalho e que são decididos com a
participação direta, ou indireta, do ministro Carlos Lupi. Essas
megaoperações envolvem recursos do FI-FGTS, um fundo de investimentos
criado, no governo Lula, com recursos dos trabalhadores, que são
depositados no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
Quem preside esse fundo é o executivo Paulo Furtado, oriundo da Caixa
Econômica Federal e ex-presidente do fundo de pensão Petros. Furtado é
também o suplente de Lupi nas reuniões do Conselho Curador do FGTS. E
foi ele quem decidiu o uso de recursos dos trabalhadores em três
negócios polêmicos – todos, coincidentemente, controlados pela
empreiteira Odebrecht, do empresário Marcelo Odebrecht, e responsável
por alguns dos maiores negócios do governo Lula, como a construção dos
submarinos nucleares. É também a Odebrecht quem constrói outros negócios
simbólicos, como o estádio do Itaquerão, que será palco da abertura da
Copa de 2014.
Às vésperas das eleições
A primeira grande operação do FI-FGTS foi a compra de uma participação
de 25% no capital da Foz do Brasil, uma empresa de saneamento básico da
Odebrecht. A Foz foi formada após a aquisição de uma empresa de
tratamento de água e esgoto da empreiteira Gautama, que havia caído em
desgraça com a Operação Navalha, por cerca de R$ 70 milhões. Em 2009,
quando comprou 25% do capital dessa mesma empresa, o FI-FGTS pagou R$
650 milhões. E quem representa o fundo nas reuniões do conselho da
companhia é Paulo Furtado.
Depois disso, o FI-FGTS investiu mais R$ 450 milhões em uma participação
acionária na Embraport, uma empresa comprada pela Odebrecht para
movimentar contêineres portuários em Santos e que tem participação ainda
da Dubai Ports. É também uma operação polêmica, uma vez que a
Embraport, uma empresa privada, não possui concessão para atuar como
porto público e movimentar cargas de terceiros.
Se isso não bastasse, em outubro de 2010, às vésperas da eleição
presidencial, o FI-FGTS adquiriu também 30% da Odebrecht Transport, uma
empresa que administra pedágios de rodovias privatizadas. Neste caso, o
valor não foi revelado, mas estimado em mais de R$ 1 bilhão, por uma
participação minoritária.
Somando tudo, o FI-FGTS já destinou mais de R$ 2 bilhões à empreiteira
baiana. Tudo isso sob o olhar atento do ministro Carlos Lupi. Quando foi
colocado sob pressão, Lupi disse que só deixaria o ministério abatido a
bala. Também fez declarações que soaram como ameaça, dirigida à
presidente Dilma Rousseff.
Pois todos os grandes negócios do quintal de Lupi foram todos direcionados à empreiteira Odebrecht.
Será que é por isso que, ao contrário de outros nomes alvejados por denúncias de corrupção, Lupi não cai?
Abaixo, uma ata de reunião do conselho da Foz, com destaque para os nomes de Marcelo Odebrecht e Paulo Furtado.
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