domingo, 31 de janeiro de 2016

Ingovernabilidade e Estagnação, base jurídica para viabilizar processo de Impeachment.

Enganam-se os que imaginam ser a Improbidade, crimes previstos em Lei no administrar, seja a única justificativa legal, para abertura de processo de Impeachment. Demonstração de incapacidade de gerir o País, mantendo-o em níveis aceitáveis de viabilidade, legitima processo de "interdição de Mandatário".

Saúde Moral, Social, Jurídica e Econômica do Brasil, respiram por aparelhos e Dilma Roussef, em todas as suas decisões, estampa total falta de comando ou condição de reverter o quadro.
Não param de pipocar evidências, de ter passado da hora, de se promover sérias modificações no Primeiro Escalão do Poder.

- Contas do Governo fecharam 2015 com déficit de R$ 114,98 Bilhões. Record Histórico.
Número assombroso exige atitudes drásticas, no enxugamento de Máquina Pública. Dilma não tem poder para realizá-la.
Governo Lula loteou País, em troca de apoio. Hoje, Partidos Políticos, Parlamentares, Empresários e Líderes Sociais incorporaram vantagens ao salário. Não admitirão perda do conquistado.
Confrontá-los, resultaria em perda de apoio, piorando ingovernabilidade.
- PIB negativo de 3%, mantendo projeção de queda.
- Impostos do País atingiram números pornográficos, caracterizados em arrecadação criminosa, sem retorno à Sociedade. Nada sobra. Arrecadado mal dá para pagar juros da dívida e estrutura do Governo.
Não havendo ambiente político para  diminuir gastos, Dilma acena com criação de novos Impostos.
- Na contramão da ânsia de arrecadação do Planalto, segundo dados do IBGE, média da renda do cidadão caiu 3,7%, desemprego aumenta, inflação dispara, investidores internacionais somem, dólar não para de subir, número de famílias endividadas chega ao assustador patamar dos 60% e produção trava, por falta de investimentos em logística e o alto custo Brasil.
- Queda de renda de famílias faz alunos da rede particular de Ensino, para a Pública, já carente de estrutura de vagas. Nessa os prejudicados certamente serão os mais carentes. 
- No âmbito social, caos extrapola limites do insano.
Saúde está em estado de coma. Adoecer e precisar de atendimento, sinônimo de se condenar à morte.
Pacientes com câncer em estágio inicial, precisando de urgência no combate à doença, entram em lista de espera por meses, para conseguir marcar consultas ou exames. Eutanásia seria mais digno e menos doloroso.

- Segurança inexistente. Enquanto discursos populistas de defesa a criminosos, não param de afrontar Sociedade, pesquisa mostra que entre as 50 cidades mais violentas do Mundo, em Países não envolvidos em Guerras ou Revoluções, 21 são brasileiras.
- Na contramão, BRADESCO anuncia lucro de 2015,  14% maior que o de 2014, que já não foi pequeno.
O Brasil do partido dito Socialista, defensor da igualdade e ao lado do povo, criou uma nova Elite, parasita e improdutiva, transformando o País em Paraíso de banqueiros, empreiteiros e mega empresários. Felizes bilionários em que renda, só não supera a de Políticos aliados ao Planalto.
- Enquanto campanhas de marketing do Governo falam em crescimento do poder aquisitivo da população, abismo entre classes não para de crescer, sendo apontado como estopim para aumento da violência, juntamente com a impunidade. 

Solução hoje não se resume à Dilma. Hora de limpar o Executivo, incluindo Vice e Ministros e trocar lideranças do Senado e Câmara, visivelmente contaminadas por interesses
Criar Governo Provisório de Transição, atacar de fato a corrupção, doa a quem doer, dando carta branca à Lava Jato, evitando constantes intervenções políticas do STF, enxugar o Governo e preparar o País para 2018.
Seguindo passos de Lula, Dilma agora aponta com a volta do Conselhão, teóricos reunidos para tirar da cartola pacotes mágicos, capazes de fazer economia volta a crescer, sem investir a longo prazo no setor produtivo. Na época de Lula, o mesmo Conselho, mostrou ser útil apenas para o marketing, criando bolhas de crescimento ilusórias e setorizadas, com consequências terríveis a curto prazo.
O Século XX se foi. A realidade mudou e Governo continua com mesmo discurso, "modus operadis" e delapidação do futuro do País.

Coisas de um país que virou uma coisa.
E Assim o Mundo Gira e o brasil se Afunda.

Zica Virus - OMS desmascara mentira do Governo Dilma. Hora de investigação séria.


O Primeiro Mundo mostra diferença de postura. Vendo crescente nos casos de Zica na América, parte para prevenção, diferente daqui, que prefere desconsiderar problemas, deixá-los crescer, para depois chorar os mortos, prometer soluções e ficar com jogo de empurra, no quesito responsabilidade.
Antes da chegada do verão no Hemisfério Norte, série de medidas serão tomadas. Claro que terão casos da doença. Acontece sempre.
Quem faz seu dever de casa, é vítima da negligência de vizinhos irresponsáveis.


Não bastasse a vergonha do Atestado de Inércia Absoluta na prevenção da doença e hoje ficar pagando mico, com promessas de realizações futuras, Lula, Dilma e sua Quadrilha precisarão se explicar ou provar tese.
Desde os primeiros casos de deformidades em crianças, apresentadas pelo Governo como sequelas provenientes do Zica, contradições se tornavam claras.
Número exagerado somente num determinado período e Região e descoberta de inúmeras mães, cujo filhos nasceram com sequelas e não haviam sido contaminadas pelo Vírus.
Sabe-se que, na época, quando mulheres eram entrevistadas e afirmavam não terem sido acometidas pela doença, houve uma "proibição" (VIVA LA DEMOCRACIA).
Imprensa não poderia mais veicular a constatação.


Denúncia surgiu com força. Sofá de Pobre foi um dos primeiros a levantar a Lebre, devido a uma informação de Morcego bem informado:
- Anomalias podem ter como origem distribuição de vacinas vencidas e/ou contaminadas.
De imediato, com a competência sempre demonstrada quando assunto lhe interessa, Governo esvaziou denúncia, inventando que falava de vacina contra a Rubéola. Procedimento que qualquer leigo sabe não poder ocorrer em período de gestação.
Como sempre, ficou o dito pelo não dito. Tática PT.
Rotular denunciantes, descaracterizar denúncia e repetir mentira, até que se torne verdade.
Hoje OMS foi categórica:
Zica Vírus não causa anomalias apontadas.
E Agora Luis?
Claro que não se pode bater martelo. Nada garante que OMS tenha razão, mas providencias devem ser tomadas.
O mais interessante é perceber que, depois do período apontado como gestantes vacinadas por Lotes inadequados, apesar de casos de Zica no País chegarem ao Patamar Epidemia, deixaram de ocorrer nascimentos de crianças com problemas.
Seja como for, hoje vivemos  o Circo.
Exército na rua para combater mosquitos.
Tanques x Insetos.
Não teria sido mais inteligente a prevenção?
Dilma gagueja diante da Imprensa, viaja e não consegue explicar o porquê de o Governo ter deixado Aedes proliferar.
Chegou a afirmar que é um desafio novo.
Muita cara de pau.
O Zica é novo, mas o Aedes está aí, crescendo placidamente, enquanto Governo permanecia em Berço Esplêndido.
Sem Aedes, não haveria Zica, Camarada
Nada falou sobre anomalias em recém nascidos.
É A Pátria Educadora

Postado por Romario Oliveira – 29/01/2016 - às 05:08 

Carnaval fúnebre de Lula. Lava jato e Zé Dirceu chegam com tudo na Avenida.


LULA...TRIPLEX EM ESTADO DE SÍTIO. CARNAVAL PODE SER SEM MÁSCARA.

Lava jato, além de trazer evidências de clara participação de Lula, na reforma do Triplex que não é dele, vem com outra bomba do mato.
Lula teria sítio luxuoso, também com ligações com OAS.


Segundo fontes, Morcegos bem informados, Engenheiro responsável por obras no local, comprava material de Construção, compras vultuosas em dinheiro, segundo comerciantes locais.
O mais incrível é que Engenheiro, também ligado à OAS, afirma prestar serviço de reformas, para alguém que não sabe a Identidade.
Em paralelo, Zé Dirceu cumpre cronograma. Havia dado a Lula prazo até o carnaval, para colocar a fantasia de homem livre. Deixou claro que não entraria no Bloco do "Bode" e, se caísse para o segundo grupo, levaria com ele a bateria, independente do instrumento tocado.
Nem o Mestre escaparia.



Convocado agora para depor, com certeza, nada falará.
Deixará Rei Momo mostrar a que veio.
Enterro dos Ossos promete.
Tic Tac do tempo não para. Premonição de Cazuza mostra piscinas e Triplex e sítios cheias de ratos.
Única forma de livrar Lula seria desmantelar lava Jato.
Por favor Moro. Continue no Lava, mas não pegue um Jato.
Caixa de Pandora mostra-se congestionada, mas cuide da Caixa Preta.
Postado por Romario Oliveira - 29/01/2016 - às 06:11 

Revelado o que Lula dirá em seu Depoimento, na Polícia Federal.

DEPOIMENTO DE LULA À POLÍCIA FEDERAL
Inicio demonstrando indignação por ter sido intimado.
Nada sei do que falam.
Na época passeava humildemente de Iate, pela Costa Brasileira.

Se eu tenho Iate?Claro que não. Sou homem do povo.De quem era o Iate?
Que Iate?

Apareci em foto num Iate? Deixa eu ver.
Não há dúvidas. O cara da foto era eu, mas eu não estava lá.
Nunca andei em Iate da OAS.
OAS?

O que é OAS?
Eu falei OAS?
Mentira. Voce é um Coxinha, que não aceita um pobre no poder.
Muda de assunto, antes que eu chame o Teori.
Triplex?
Mas que Triplex?
Isso é um Triplex?
mas não tem anda ali.
É coisa de Coxinha tentando me incriminar.
R$ 770 mil?
Se eu gastei?
gastei.
Mas por que gastei, se Triplex que está ali, mas não existe, não era meu?
Não sei. Não lembro.
Parem de me interrogar.
nada sei, nada vi.
Sou perseguido.
Porque sou o mais honesto dos homens.
Como adquiri fortuna?
Que fortuna?
Esses bilhões são meus, mas não me pertencem.
Existem Testemunhas de terem visto eu e Marisa lá?
Se estive, não lembro.
E quem é Marisa?
Estou falando a verdade.
Duvidam?
Perguntem a maioria dos Professores da Rede Pública.
Eles ganham muito bem.
Usam a função para doutrinar crianças,
Mas não são Militantes.
O que são?
Como saber, se nada sei, nada Vi?
Por que só se preocupam comigo?
Soube que o filho do Vice Prefeito de Cunxumquiborá, comprou uma Kit no subúrbio de Ramos, por que vocês não investigam isso?
Só por que ele não é do PT?
Como eu sei sobre o que acontece em Cunxumquiborá e não sei nada de Brasilia?
Sei lá!...
Quem disse que eu sei?
Eu disse?
Se disse, não falei.
Prove. Prove.
Onde está escrito o que eu disse?
Tem que ter minha assinatura e com reconhecimento de firma, do cartório de Nova York.

To deprimido
Chamem o Cardozo e diga pra ele ligar para o Levandowski.
Como é?
Não adianta?
Vai sair na Mídia e eu perderei chance em 2018?

Liga para o Marinho.
Diga-lhe que falarei com o Trabuco, pra  perdoar a divida do PROJAC

Quem é Trabuco?
Quem é Marinho?Nada sei, nada vi. Se disse, não me lembro.

E nem conta no BRADESCO eu tenho. 

sábado, 30 de janeiro de 2016

O mistério Lula-Collor

 O mistério Lula-Collor

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POR ELIANE CANTANHÊDE (FOTO)

Precisa-se criar, urgentemente, uma comissão multidisciplinar, com policiais, procuradores, advogados, cientistas políticos, economistas, matemáticos, gestores públicos e, claro, psiquiatras, para a sociedade brasileira tentar entender a incrível relação entre Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello.

Em 28 de junho, perguntou-se exatamente neste espaço por que raios a UTC teria doado R$ 20 milhões para Collor, duas décadas depois do impeachment. Afora o detalhe de que foi mais ainda que R$ 20 milhões, a nova pergunta é por que diabos Lula teria dado de presente para Collor uma estatal preciosa como a BR Distribuidora. Nem Freud explica.

Collor é de Alagoas, Estado pequeno com apenas nove dos 513 deputados federais, e é do PTB, partido que é o oitavo da Câmara, tinha 18 deputados em 2014 e elegeu 25. Detalhe: nenhum dos eleitos por Alagoas é do partido. Então, fica difícil compreender, com base na política e na aritmética, o que Lula tanto pretendia lucrar ao entregar a BR para Collor. Certamente, não eram votos no Congresso, ou só votos no Congresso.

Lula dirá que não sabe, não viu, não ouviu falar, não deu coisa nenhuma e, aliás, quem é mesmo esse tal de Collor? Como já disse que nunca teve nenhuma relação com o diretor de Finanças e Serviços da BR Nestor Cerveró, hoje delator da Lava Jato. Mas, se Collor não tinha nada com a BR, por que e para que ele recebeu o diretor de Finanças da empresa no aconchego da Casa da Dinda? E por orientação de quem?

Juntando as pontas: o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, escreveu numa denúncia formal ao Supremo Tribunal Federal que Lula entregou a BR para Collor e loteou a subsidiária da Petrobrás em troca de apoio político. E, em delação, Cerveró disse que Lula lhe deu de presente uma diretoria (justamente de Finanças, não custa repetir...) como recompensa por sua atuação junto ao banco Schahin para desviar uma graninha para o PT.

Há, portanto, algum motivo para o presente de Lula para Cerveró, mas nada explica, à luz do dia e da lógica, que ele tenha jogado a subsidiária da Petrobrás no colo de Collor (sem trocadilho, por favor). É um mistério.

As histórias do sindicalista Lula e do "playboy" Collor cruzam em 1989, na primeira eleição direta para presidente da República após a ditadura militar. Collor não teve o menor prurido nem ao jogar na TV a história de uma ex-namorada e de uma filha de Lula. Foi um golpe baixo ao quadrado: além de não se falar da filha dos outros em vão, o próprio Collor tinha um filho em situação semelhante à de Lurian.

Collor eleito, Lula foi à forra com unhas, dentes e as feras do PT. Em aliança com policiais, procuradores e jornalistas, ele, José Dirceu, Aloizio Mercadante e os Waldomiros Diniz da liderança petista na Câmara foram expondo os Fiat Elba, as cascatas da Casa da Dinda e os dossiês do PC Farias que geraram os caras-pintadas e enterraram o mandato de Collor.

Zero a zero? Passados os oito anos de inelegibilidade, eis que Collor não apenas volta das profundezas do ocaso como é recebido com pompa e circunstância pelo adversário cruento. Abraçado a ele, Lula reduziu os embates anteriores a mera guerrinha política, previu que Collor faria um mandato "extraordinário" no Senado e meteu o ex-presidente no Aerolula. Agora, o procurador-geral informa que o meteu também na BR Distribuidora.

Dorival Caymmi escreveu e Carmen Miranda imortalizou uma pergunta que atravessa o País há décadas: "O que que a baiana tem?" E ensinou: "Ai, quem não tem balangandãs não vai no Bonfim/ Oi, quem não tem balangandãs não vai no Bonfim". Hoje, a pergunta é outra: o que que o Collor tem? Deve ter muito rosário de ouro, uma bolota assim e põe balangandãs nisso! Não foi por Alagoas e pelo PTB que ele chegou no Bonfim. Muito menos na BR Distribuidora.

O Estado de São Paulo

CRISE NA PREVIDÊNCIA DO BRASIL É FORJADA!

16 de Janeiro de 2016

Com argumentos insofismáveis, Denise Gentil destroça os mitos oficiais que encobrem a realidade da Previdência Social no Brasil. Em primeiro lugar, uma gigantesca farsa contábil transforma em déficit o superávit do sistema previdenciário, que atingiu a cifra de R$ 1,2 bilhões em 2006, segundo a economista.
O superávit da Seguridade Social – que abrange a Saúde, a Assistência Social e a Previdência – foi significativamente maior: R$ 72,2 bilhões. No entanto, boa parte desse excedente vem sendo desviada para cobrir outras despesas, especialmente de ordem financeira – condena a professora e pesquisadora do Instituto de Economia da UFRJ, pelo qual concluiu sua tese de doutorado “A falsa crise da Seguridade Social no Brasil: uma análise financeira do período 1990 – 2005” (clique e leia a tese na íntegra).
Nesta entrevista ao Jornal da UFRJ, ela ainda explica por que considera insuficiente o novo cálculo para o sistema proposto pelo governo e mostra que, subjacente ao debate sobre a Previdência, se desenrola um combate entre concepções distintas de desenvolvimento econômico-social.
Jornal da UFRJ: A ideia de crise do sistema previdenciário faz parte do pensamento econômico hegemônico desde as últimas décadas do século passado. Como essa concepção se difundiu e quais as suas origens?
Denise Gentil: A ideia de falência dos sistemas previdenciários públicos e os ataques às instituições do welfarestate (Estado de Bem- Estar Social) tornaram-se dominantes em meados dos anos 1970 e foram reforçadas com a crise econômica dos anos 1980. O pensamento liberal-conservador ganhou terreno no meio político e no meio acadêmico. A questão central para as sociedades ocidentais deixou de ser o desenvolvimento econômico e a distribuição da renda, proporcionados pela intervenção do Estado, para se converter no combate à inflação e na defesa da ampla soberania dos mercados e dos interesses individuais sobre os interesses coletivos. Um sistema de seguridade social que fosse universal, solidário e baseado em princípios redistributivistas conflitava com essa nova visão de mundo. O principal argumento para modificar a arquitetura dos sistemas estatais de proteção social, construídos num período de crescimento do pós-guerra, foi o dos custos crescentes dos sistemas previdenciários, os quais decorreriam, principalmente, de uma dramática trajetória demográfica de envelhecimento da população. A partir de então, um problema que é puramente de origem sócio-econômica foi reduzido a um mero problema demográfico, diante do qual não há solução possível a não ser o corte de direitos, redução do valor dos benefícios e elevação de impostos. Essas idéias foram amplamente difundidas para a periferia do capitalismo e reformas privatizantes foram implantadas em vários países da América Latina.
Jornal da UFRJ: No Brasil, a concepção de crise financeira da Previdência vem sendo propagada insistentemente há mais de 15 anos. Os dados que você levantou em suas pesquisas contradizem as estatísticas do governo. Primeiramente, explique o artifício contábil que distorce os cálculos oficiais.
Denise Gentil: Tenho defendido a idéia de que o cálculo do déficit previdenciário não está correto, porque não se baseia nos preceitos da Constituição Federal de 1988, que estabelece o arcabouço jurídico do sistema de Seguridade Social. O cálculo do resultado previdenciário leva em consideração apenas a receita de contribuição ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que incide sobre a folha de pagamento, diminuindo dessa receita o valor dos benefícios pagos aos trabalhadores. O resultado dá em déficit. Essa, no entanto, é uma equação simplificadora da questão. Há outras fontes de receita da Previdência que não são computadas nesse cálculo, como a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e a receita de concursos de prognósticos. Isso está expressamente garantido no artigo 195 da Constituição e acintosamente não é levado em consideração.
Jornal da UFRJ: A que números você chegou em sua pesquisa?
Denise Gentil: Fiz um levantamento da situação financeira do período 1990-2006. De acordo com o fluxo de caixa do INSS, há superávit operacional ao longo de vários anos. Em 2006, para citar o ano mais recente, esse superávit foi de R$ 1,2 bilhões.
O superávit da Seguridade Social, que abrange o conjunto da Saúde, da Assistência Social e da Previdência, é muito maior. Em 2006, o excedente de recursos do orçamento da Seguridade alcançou a cifra de R$ 72,2 bilhões.
Uma parte desses recursos, cerca de R$ 38 bilhões, foi desvinculada da Seguridade para além do limite de 20% permitido pela DRU (Desvinculação das Receitas da União).
Há um grande excedente de recursos no orçamento da Seguridade Social que é desviado para outros gastos. Esse tema é polêmico e tem sido muito debatido ultimamente. Há uma vertente, a mais veiculada na mídia, de interpretação desses dados que ignora a existência de um orçamento da Seguridade Social e trata o orçamento público como uma equação que envolve apenas receita, despesa e superávit primário. Não haveria, assim, a menor diferença se os recursos do superávit vêm do orçamento da Seguridade Social ou de outra fonte qualquer do orçamento.
Interessa apenas o resultado fiscal, isto é, o quanto foi economizado para pagar despesas financeiras com juros e amortização da dívida pública.
Por isso o debate torna-se acirrado. De um lado, estão os que advogam a redução dos gastos financeiros, via redução mais acelerada da taxa de juros, para liberar recursos para a realização do investimento público necessário ao crescimento. Do outro, estão os defensores do corte lento e milimétrico da taxa de juros e de reformas para reduzir gastos com benefícios previdenciários e assistenciais. Na verdade, o que está em debate são as diferentes visões de sociedade, de desenvolvimento econômico e de valores sociais.
Jornal da UFRJ: Há uma confusão entre as noções de Previdência e de Seguridade Social que dificulta a compreensão dessa questão. Isso é proposital?
Denise Gentil: Há uma grande dose de desconhecimento no debate, mas há também os que propositadamente buscam a interpretação mais conveniente. A Previdência é parte integrante do sistema mais amplo de Seguridade Social.
É parte fundamental do sistema de proteção social erguido pela Constituição de 1988, um dos maiores avanços na conquista da cidadania, ao dar à população acesso a serviços públicos essenciais. Esse conjunto de políticas sociais se transformou no mais importante esforço de construção de uma sociedade menos desigual, associado à política de elevação do salário mínimo. A visão dominante do debate dos dias de hoje, entretanto, frequentemente isola a Previdência do conjunto das políticas sociais, reduzindo-a a um problema fiscal localizado cujo suposto déficit desestabiliza o orçamento geral. Conforme argumentei antes, esse déficit não existe, contabilmente é uma farsa ou, no mínimo, um erro de interpretação dos dispositivos constitucionais.
Entretanto, ainda que tal déficit existisse, a sociedade, através do Estado, decidiu amparar as pessoas na velhice, no desemprego, na doença, na invalidez por acidente de trabalho, na maternidade, enfim, cabe ao Estado proteger aqueles que estão inviabilizados, definitiva ou temporariamente, para o trabalho e que perdem a possibilidade de obter renda. São direitos conferidos aos cidadãos de uma sociedade mais evoluída, que entendeu que o mercado excluirá a todos nessas circunstâncias.
Jornal da UFRJ: E são recursos que retornam para a economia?
Denise Gentil: É da mais alta relevância entender que a Previdência é muito mais que uma transferência de renda a necessitados. Ela é um gasto autônomo, quer dizer, é uma transferência que se converte integralmente em consumo de alimentos, de serviços, de produtos essenciais e que, portanto, retorna das mãos dos beneficiários para o mercado, dinamizando a produção, estimulando o emprego e multiplicando a renda. Os benefícios previdenciários têm um papel importantíssimo para alavancar a economia. O baixo crescimento econômico de menos de 3% do PIB (Produto Interno Bruto), do ano de 2006, seria ainda menor se não fossem as exportações e os gastos do governo, principalmente com Previdência, que isoladamente representa quase 8% do PIB.
Jornal da UFRJ: De acordo com a Constituição, quais são exatamente as fontes que devem financiar a Seguridade Social?
Denise Gentil: A seguridade é financiada por contribuições ao INSS de trabalhadores empregados, autônomos e dos empregadores; pela Cofins, que incide sobre o faturamento das empresas; pela CSLL, pela CPMF (que ficou conhecida como o imposto sobre o cheque) e pela receita de loterias. O sistema de seguridade possui uma diversificada fonte de financiamento. É exatamente por isso que se tornou um sistema financeiramente sustentável, inclusive nos momentos de baixo crescimento, porque além da massa salarial, o lucro e o faturamento são também fontes de arrecadação de receitas. Com isso, o sistema se tornou menos vulnerável ao ciclo econômico. Por outro lado, a diversificação de receitas, com a inclusão da taxação do lucro e do faturamento, permitiu maior progressividade na tributação, transferindo renda de pessoas com mais alto poder aquisitivo para as de menor.
Jornal da UFRJ: Além dessas contribuições, o governo pode lançar mão do orçamento da União para cobrir necessidades da Seguridade Social?
Denise Gentil: É exatamente isso que diz a Constituição. As contribuições sociais não são a única fonte de custeio da Seguridade. Se for necessário, os recursos também virão de dotações orçamentárias da União. Ironicamente tem ocorrido o inverso. O orçamento da Seguridade é que tem custeado o orçamento fiscal.
Jornal da UFRJ: O governo não executa o orçamento à parte para a Seguridade Social, como prevê a Constituição, incorporando-a ao orçamento geral da União. Essa é uma forma de desviar recursos da área social para pagar outras despesas?
Denise Gentil: A Constituição determina que sejam elaborados três orçamentos: o orçamento fiscal, o orçamento da Seguridade Social e o orçamento de investimentos das estatais. O que ocorre é que, na prática da execução orçamentária, o governo apresenta não três, mas um único orçamento chamando de “Orçamento Fiscal e da Seguridade Social”, no qual consolida todas as receitas e despesas, unificando o resultado. Com isso, fica difícil perceber a transferência de receitas do orçamento da Seguridade Social para financiar gastos do orçamento fiscal. Esse é o mecanismo de geração de superávit primário no orçamento geral da União. E, por fim, para tornar o quadro ainda mais confuso, isola-se o resultado previdenciário do resto do orçamento geral para, com esse artifício contábil, mostrar que é necessário transferir cada vez mais recursos para cobrir o “rombo” da Previdência. Como a sociedade pode entender o que realmente se passa?
Jornal da UFRJ: Agora, o governo pretende mudar a metodologia imprópria de cálculo que vinha usando. Essa mudança atenderá completamente ao que prevê a Constituição, incluindo um orçamento à parte para a Seguridade Social?
Denise Gentil: Não atenderá o que diz a Constituição, porque continuará a haver um isolamento da Previdência do resto da Seguridade Social. O governo não pretende fazer um orçamento da Seguridade. Está propondo um novo cálculo para o resultado fiscal da Previdência. Mas, aceitar que é preciso mudar o cálculo da Previdência já é um grande avanço. Incluir a CPMF entre as receitas da seguridade é um reconhecimento importante, embora muito modesto. Retirar o efeito dos incentivos fiscais sobre as receitas também ajuda a deixar mais transparente o que se faz com a política previdenciária. O que me parece inadequado, entretanto, é retirar a aposentadoria rural da despesa com previdência porque pode, futuramente, resultar em perdas para o trabalhador do campo, se passar a ser tratada como assistência social, talvez como uma espécie de bolsa. Esse é um campo onde os benefícios têm menor valor e os direitos sociais ainda não estão suficientemente consolidados.
Jornal da UFRJ: Como você analisa essa mudança de postura do Governo Federal em relação ao cálculo do déficit? Por que isso aconteceu?
Denise Gentil: Acho que ainda não há uma posição consolidada do governo sobre esse assunto. Há interpretações diferentes sobre o tema do déficit da Previdência e da necessidade de reformas. Em alguns segmentos do governo fala-se apenas em choque de gestão, mas em outras áreas, a reforma da previdência é tratada como inevitável. Depois que o Fórum da Previdência for instalado, vão começar os debates, as disputas, a atuação dos lobbies e é impossível prever qual o grau de controle que o governo vai conseguir sobre seus rumos. Se os movimentos sociais não estiverem bem organizados para pressionarem na defesa de seus interesses pode haver mais perdas de proteção social, como ocorreu em reformas anteriores.
Jornal da UFRJ: A previdência pública no Brasil, com seu grau de cobertura e garantia de renda mínima para a população, tem papel importante como instrumento de redução dos desequilíbrios sociais?
Denise Gentil: Prefiro não superestimar os efeitos da Previdência sobre os desequilíbrios sociais. De certa forma, tem-se que admitir que vários estudos mostram o papel dos gastos previdenciários e assistenciais como mecanismos de redução da miséria e de atenuação das desigualdades sociais nos últimos quatro anos. Os avanços em termos de grau de cobertura e de garantia de renda mínimapara a população são significativos. Pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), cerca de 36,4 milhões de pessoas ou 43% da população ocupada são contribuintes do sistema previdenciário. Esse contingente cresceu de forma considerável nos últimos anos, embora muito ainda necessita ser feito para ampliar a cobertura e evita que, no futuro, a pobreza na velhice se torne um problema dos mais graves. O fato, porém, de a população ter assegurado o piso básico de um salário mínimo para os benefícios previdenciários é de fundamental importância porque, muito embora o valor do salário mínimo esteja ainda distante de proporcionar condições dignas de sobrevivência, a política social de correção do salário mínimo acima da inflação tem permitido redução da pobreza e atenuado a desigualdade da renda.
Cerca de dois milhões de idosos e deficientes físicos recebem benefícios assistenciais e 524 mil são beneficiários do programa de renda mensal vitalícia. Essas pessoas têm direito a receber um salário mínimo por mês de forma permanente.
Evidentemente que tudo isso ainda é muito pouco para superar nossa incapacidade histórica de combater as desigualdades sociais. Políticas muito mais profundas e abrangentes teriam que ser colocadas em prática, já que a pobreza deriva de uma estrutura produtiva heterogênea e socialmente fragmentada que precisa ser transformada para que a distância entre ricos e pobres efetivamente diminua. Além disso, o crescimento econômico é condição fundamental para a redução da pobreza e, nesse quesito, temos andado muito mal. Mas a realidade é que a redução das desigualdades sociais recebeu um pouco mais de prioridade nos últimos anos do que em governos anteriores e alguma evolução pode ser captada através de certos indicadores.
Jornal da UFRJ: Apesar do superávit que o governo esconde, o sistema previdenciário vem perdendo capacidade de arrecadação. Isso se deve a fatores demográficos, como dizem alguns, ou tem relação mais direta com a política econômica dos últimos anos?
Denise Gentil: A questão fundamental para dar sustentabilidade para um sistema previdenciário é o crescimento econômico, porque as variáveis mais importantes de sua equação financeira são emprego formal e salários. Para que não haja risco do sistema previdenciário ter um colapso de financiamento é preciso que o país cresça, aumente o nível de ocupação formal e eleve a renda média no mercado de trabalho para que haja mobilidade social. Portanto, a política econômica é o principal elemento que tem que entrar no debate sobre “crise” da Previdência. Não temos um problema demográfico a enfrentar, mas de política econômica inadequada para promover o crescimento ou a aceleração do crescimento.

Postado dia 16/01/2016 por frpezzottiBlogpost opinião do cidadão

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

CIRCULA NA INTERNET UMA CARTA-ABERTA AO MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO

CIRCULA NA INTERNET UMA CARTA-ABERTA AO MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO


Barroso sofre ataques de todos os lados
Luiz Mauricio da Silveira Portela.
Senhor ministro Luís Roberto Barroso.
Meu nome é Luiz Mauricio da Silveira Portela, sou engenheiro, tenho 71 anos e muita esperança no Brasil que poderíamos deixar para os nossos filhos e netos. Mas queria lhe dizer que assisti ao julgamento recente de definição do rito da Câmara dos Deputados sobre o processo de impedimento da atual Presidente da Republica.
Admirei a sua eloquência e argumentos para a defesa da sua interpretação do processo. O senhor convenceu a vários outros ministros.
Não costumo assistir a esses julgamentos, são chatos, difíceis de entender e cheios de vaidades dos senhores juízes. Mas como esse era fundamental para o país, me dispus a assistir e não havia como discordar dos seus argumentos. Sou engenheiro, não advogado.
Porém, nesse pais sempre tem um porém, depois vendo vídeos, artigos de especialistas, analise do seu discurso etc., descobri que o senhor omitiu e mentiu.
A ÚLTIMA ESPERANÇA
Senhor ministro Luís Roberto, que feio o senhor fez, será que o senhor não entende que o STF é (ou era) a ultima esperança desse povo sofrido por roubos, má administração do dinheiro público, por uma classe de funcionários públicos (judiciário principalmente) privilegiada com remunerações absurdas, pouco trabalho e nada de retribuição para a população etc.?
Senhor ministro Luiz Roberto, queria lhe dizer que o senhor, com a ajuda de outros (que filhas lindas e jovens e tão competentes merecedoras de serem rapidamente desembargadoras!!!), desmoralizou a ultima esperança do brasileiro.
Como pode um ministro da Suprema Corte fazer o que o senhor fez. Mentir, enganar os outros. Nenhum dos outros ministros teve a curiosidade de ler o tal Regimento da Câmara e ver que o senhor pulou o item principal que acabava com o seu argumento? Afinal, para que servem centenas de auxiliares que custam uma fortuna? Para nada!!!
SEM COMPOSTURA
O senhor não tem compostura para estar no STF. O senhor é uma das maiores vergonhas da nação.
Como pode o senhor fazer isso, senhor ministro???
Os vídeos provam!!! O senhor já viu? Veja como o senhor ficou feio e como foi vergonhoso? Se não viu, coloco dois deles a seguir e também um texto que circula do Augusto Nunes. São muitos, muitos. Vídeos e textos.
Como pode o senhor continuar ai?
Tenho vergonha do senhor.
http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/cultura/tveja-voto-de-barroso-e-uma-fraude/
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VÍDEO DESMONTA A VIGARICE
Augusto Nunes
Sempre caprichando na pose de quem recitava de fraldas artigos e incisos da Constituição, o ministro Luís Roberto Barroso resolveu mostrar, na sessão em que o Supremo Tribunal Federal embaralhou o processo de impeachment, que usa as horas livres do recesso para decorar normas que regulamentam as atividades dos demais Poderes. Conseguiu apenas confirmar que, para impedir o desmoronamento da argumentação mambembe, é capaz de sonegar informações essenciais e mentir publicamente.
─ Alguém poderia imaginar que o Regimento Interno da Câmara pudesse prever alguma hipótese de votação secreta legítima ─ concede o doutor em tudo, na abertura do vídeo de 1min57. ─ Eu vou ao Regimento Interno da Câmara dos Deputados e quando vejo os dispositivos que tratam da formação de comissões, permanentes ou temporárias, nenhum deles menciona a possibilidade de votação secreta.
─ Vossa Excelência me permite? ─ ouve-se o cerimonioso aparte de Teori Zavascki.
─ Pois não ─ autoriza o professor de impeachment.
─ Salvo engano meu, há um dispositivo, sim, do Regimento Interno, artigo 188, inciso III ─ prossegue Teori. ─ Diz que a votação por escrutínio secreto far-se-á para eleição do presidente e demais membros da Mesa Diretora, do presidente e vice-presidente de comissões permanentes e temporárias, dos membros da Câmara que irão compor a comissão representativa…
Teori faz uma pausa para virar a página. Barroso, que acompanha a leitura que está terminando, tenta interrompê-la:
─ Sim, mas olha aqui…
─ … e dos cidadãos que irão integrar o Conselho… ─ continua Teori.
As sobrancelhas simetricamente arqueadas e os cílios enfileirados realçam o sobressalto de Barroso com a aproximação do perigo. Então, confisca a palavra e recomeça a leitura do inciso III, cuja íntegra aparece na no vídeo do Portal Vox que escancara a pilantragem togada: para esconder a fraude, o juiz esperto amputa as quatro palavras finais do texto: E NAS DEMAIS ELEIÇÕES.
Animado com a rendição balbuciada pelo confuso Teori, Barroso declama outra falácia:
─ Considero, portanto, que o voto secreto foi instituído por uma deliberação unipessoal e discricionária do presidente da Câmara no meio do jogo.
Conversa fiada. O Brasil decente é que considera uma infâmia o que Barroso fez para ganhar o jogo. O trecho do Regimento Interno foi guilhotinado por uma deliberação pessoal e discricionária de um servidor público que é pago pelo povo para defender a lei. Coisa de vigarista.
(texto enviado pelo comentarista Mário Assis Causanilhas)