quarta-feira, 17 de maio de 2017

Na forma da lei, Temer terá de ser cassado pelo TSE, junto com Dilma

Na forma da lei, Temer terá de ser cassado pelo TSE, junto com Dilma

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Fotomontagem reproduzida do Arquivo
Jorge Béja

São inacreditáveis e mirabolantes as teses e os argumentos que as defesas de Dilma e Temer andam divulgando — ou até já entregaram ao Tribunal Superior Eleitoral, o TSE — para que seus clientes não venham ser cassados e punidos com a perda do mandato e a consequente inelegibilidade. Duas delas chegam a ser primárias e ridículas. O chamado amplo direito de defesa não ampara, não justifica e nem autoriza defesas esdrúxulas.
Duas delas referem-se à extinção do processo no TSE, sob a alegação de que Dilma já foi cassada com o impeachment e não mais exerce a presidência da República. E, ainda, à individualização dos personagens, uma espécie de desmembramento da chapa Dilma-Temer: o que Dilma fez ou deixou de fazer na campanha presidencial não atinge nem respinga em seu parceiro e vice, Michel Temer.

SEM SUSTENTAÇÃO – De sã consciência e até para os menos letrados em Direito, honestamente as duas teses não se sustentam. Já desonestamente, são outros quinhentos, como se dizia antigamente. O fato de Dilma ter sofrido o impeachment e não ser mais a presidente da República, absolutamente, não encerra e nem extingue o processo no TSE. O Tribunal apura a prática de crime eleitoral (abuso do poder econômico e/ou político) durante a campanha que levou Dilma-Temer ao poder. E esse processo de apuração e julgamento não sofre empecilho algum por causa do impeachment que tirou Dilma da presidência.
Processo de impeachment é um e processo na Justiça Eleitoral para a apuração de prática ou práticas criminosas eleitorais é outro. São distintos. São independentes. Não se comunicam. Um não interfere no outro. E os motivos das instaurações de ambos são diversos.

UM EXEMPLO – Vai aqui um exemplo de fácil e trivial compreensão. Servidor público concursado é demitido do serviço público pela prática de crime ou improbidade no exercício do cargo e da função pública. A demissão é definitiva e irreversível. Mas digamos que no curso do processo de demissão, ou mesmo após sua finalização, também foi descoberto e constatado que o então candidato, no concurso que prestou, só veio a ser aprovado porque utilizou de meio fraudulento e criminoso e, com isso, conseguiu ingressar no serviço público.
Pergunta-se: este crime desaparece, só porque o criminoso não é mais servidor público, em razão da sua demissão? Mesmo na condição de ex-servidor público, ele fica isento da responsabilização criminal pela fraude que o aprovou no concurso?
A resposta é negativa. Ele foi demitido do serviço público mas o crime que cometeu ao prestar o concurso persiste e por ele responderá.

CONTAS CONJUNTAS – Quanto à separação de Dilma e Temer, da chapa que formaram como candidatos à presidência e vice-presidência da República, respectivamente, também é outro engodo que o TSE não vai admitir.
Há no Direito Natural e no Direito Positivo o princípio universal segundo o qual o acessório sempre segue o destino do principal. Acessório aqui é Temer. Principal, Dilma. Os dois formaram chapa única, para perder ou para ganhar. Ganharam. Dilma foi afastada por ilícitos que praticou no exercício na presidência. Seus ilícitos não se comunicam nem atingem o seu vice, Michel Temer. Conduta e pena foram personalíssimas.
Mas quando a questão diz respeito à campanha eleitoral, o ilícito (ou ilícitos) eleitoral que a figura principal cometeu e, por causa disso, venceu o pleito, alcança (ou alcançam) a figura acessória. A campanha era única. É o que popularmente se diz “tamos juntos”, para o que seja limpo ou se descubra sujo.

DESONESTIDADE – A acusação que pesa contra Dilma, e consequentemente contra a chapa Dilma-Temer, é de desonestidade na campanha eleitoral. Que dinheiro sujo a patrocinou, contribuindo decisivamente para o desequilíbrio entre todos os candidatos. Ora, se Dilma vier a ser condenada pelo TSE, a condenação abrange seu vice de chapa. Ambos deverão ser afastados dos cargos e das funções.
Dilma, que já não a exerce mais, precisa sofrer a punição acessória, que é a inelegibilidade. E Temer, que assumiu a presidência em razão do impeachment de Dilma, deverá deixar a presidência, eis que a ocupa e a exerce. E sofrer também a punição acessória da inelegibilidade. Nada pode ser separado. Nada pode ser desmembrado.

OUTRO EXEMPLO – Para terminar, vai aqui outro exemplo também de fácil compreensão. Marido e mulher são legalmente casados. O regime é o da comunhão total de bens. A mulher é ladra. O marido, não. Ou parece que não. Presa, processada, julgada e condenada pelos crimes que cometeu, todo o patrimônio imobiliário e mobiliário do casal — eis que adquirido com o produto dos crimes —, é arrestado e confiscado pela Justiça. Indaga-se: poderia o esposo dar entrada na Justiça com Embargos de Terceiro, a fim de preservar sua meação no patrimônio adquirido com o produto do crime que seu cônjuge praticou?
A resposta, também, induvidosamente é negativa. Mesmo inocente, o esposo é beneficiário. Seu enriquecimento é ilícito.
É, são mesmo mirabolantes e inacreditáveis as teses e argumentações que as defesas de Dilma e Temer andam divulgando ou até mesmo já entregaram ao TSE. Mas neste país de acomodações e acumpliciamentos, corre-se o risco delas serem até aceitas pelo TSE.
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terça-feira, 16 de maio de 2017

Temer permite que prefeituras paguem em 200 parcelas o INSS que sonegaram




Temer permite que prefeituras paguem em 200 parcelas o INSS que sonegaram Posted on maio 16, 2017 by Tribuna da Internet
 
Charge do J. César (Humor Grafico) - Deu em O Tempo
(Agência Estado)

Na reta final das negociações para se aprovar a reforma da Previdência na Câmara, o presidente Michel Temer pretende anunciar nesta terça-feira (16) Medida Provisória com a previsão de parcelamento da dívida dos municípios com Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Os últimos ajustes da proposta foram discutidos em reunião realizada na manhã desta segunda (15), no Palácio do Planalto que contou com a presença de Temer, dos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, e lideranças da base aliada.

Segundo relatos, a previsão é de que a dívida dos municípios sejam parceladas em até 200 vezes. O valor dos juros ainda deverá ser calibrado por Meirelles em novas reuniões previstas para ocorrerem ao longo do dia.

EM PLENO EVENTO – Caso o anúncio se confirme, ele deverá ocorrer em evento promovido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) que acontecerá nesta terça-feira, 16, em Brasília. O gesto de Temer vem num momento em que o governo tenta avançar nas negociações para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara. Lideranças da base aliada ainda se queixam da forte pressão sofrida nos redutos eleitorais contra a proposta e têm colocado esse como um dos entraves para se votar a matéria. “Prefeito feliz é deputado feliz”, resumiu um interlocutor de Temer.

Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo no início deste ano revelou que 4,95 mil municípios (89% do total) sustentam uma dívida bilionária ao INSS. De acordo com a Receita Federal, o passivo soma R$ 99,6 bilhões em contribuições previdenciárias devidas e a inadimplência tem levado ao bloqueio de parcelas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A falta de pagamento também é um dos motivos por trás do “nome sujo” de prefeituras no Cadastro Único de Convênios (Cauc), do governo federal, o que inviabiliza o repasse de transferências voluntárias, como emendas parlamentares.

NOME SUJO – Quer dizer que as prefeituras sonegam o INSS e a culpa da crise é dos trabalhadores e aposentados? E o generoso e magnânimo governo oferece parcelamento em 200 vezes, ou seja, 16 anos e meio? Os prefeitos precisam aclamar Temer neste evento de hoje. Realmente, não há ninguém como ele… (C.N.)

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Era só o que faltava: Comandantes militares defendem o foro privilegiado


Era só o que faltava: Comandantes militares defendem o foro privilegiado



Charge do Alpino (Yahoo Notícias)
Mônica Bergamo
Folha
A proposta de fim do foro privilegiado, em discussão no STF (Supremo Tribunal Federal) e no Congresso, causa inquietação na cúpula das Forças Armadas. Os quatro comandantes militares (Chefe do Estado Maior, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica) gozam da prerrogativa. Com o fim do foro, os comandantes poderiam ser processados por um juiz de primeiro grau.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, confirma a tensão. “Essa discussão compete ao Judiciário e ao Legislativo. Mas há, de fato, uma preocupação com a perda do foro, que pode criar uma situação complicada para os responsáveis pelo comando de dezenas de milhares de homens”, afirma ele.
A preocupação dos militares já chegou ao Congresso e ao Supremo, mas sem uma proposta alternativa por parte deles. “O que for decidido obviamente será cumprido. Mas que há uma preocupação, há”, afirma Jungmann.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
É inacreditável – porém, verdadeira – esta nota publicada por Mônica Bergamo. Num momento como o atual, quando se revela a podridão que infesta os três Poderes da República, os comandantes militares se igualam às autoridades civis, ao se posicionarem a favor do foro privilegiado. É um duro golpe para todos aqueles que vêem nos militares uma reserva moral do país. Os verdadeiros homens de bem não podem temer a Justiça. Pelo contrário, aqueles que exercem caros públicos precisam estar sempre dispostos a terem seus atos investigados, não importa qual seja a instância do Judiciário. Por isso, lembrando o ex-governador Francelino Pereira e o compositor Renato Russo, é preciso estar sempre insistindo na pergunta que eles imortalizaram: “Afinal, que país é esse?”.
(C.N.)
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Janaína Paschoal analisa e aprofunda as revelações de Mônica Moura

Janaína Paschoal analisa e aprofunda as revelações de Mônica Moura  

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Janaina destaca a importância desta delação
João Amaury Belem
Copiei do twitter da advogada e professora universitária Janaína Paschoal uma pequena análise da delação de Monica Moura, que vale a pena transcrever:
1- Bom dia, Amados! Vamos falar um pouco do depoimento de Mônica Moura, cuja veracidade salta aos olhos. Mônica Moura dá nomes e endereços dos hotéis em que se hospedava, para receber da Odebrecht, a mando do PT. Basta a PF checar as hospedagens.
2- Mônica explica que em 2010, Dilma não se envolveu, deixando recebimentos e pagamentos a cargo de Palloci e Vacari. Em 2014 foi diferente.
3- Mônica tem anotações precisas de datas, valores e do que era pagamento por fora e por dentro. Sempre a Odebrech envolvida.
4- Mônica relata que Vacari, preocupado com os altos valores transportados, destacou um funcionário de confiança para ajudá-la, Chaim.
5- Chaim ajudou Mônica a fazer pagamentos em dinheiro, nas duas campanhas. Na reeleição, ele chegou a fazer recebimentos.
6- As malas eram, em média, de 200 mil reais; chegaram a transportar 500 mil reais de uma só vez. De onde vem esse dinheiro?
7- O dinheiro que Odebrecht deu a Mônica veio da Petrobrás, de obras desnecessárias e superfaturadas e do BNDES. Peculato!
8- Mônica revela um contato estreito com Dilma e com seus assessores mais próximos, Giles e Dornelles.
9- Mesmo após a reeleição, Dilma continuou exigindo que Mônica pagasse despesas pessoais: cabeleireiros, teleprompter e Dilma Bolada.
10- Mônica tem comprovantes das passagens que pagou para o cabeleireiro de Dilma, bem como para os rapazes da empresa de teleprompter.
11- com relação ao autor de Dilma Bolada, Monica revela reunião com a cúpula do PT, Rui Falcão, inclusive. Queriam que ela pagasse 400 mil.
12- Dilma não queria que a Dilma Bolada saísse do ar. No fim, Monica pagou 200 mil e a Danielle os outros 200 mil.
13- Mônica indica os nomes dos assistentes de cada qual. Aliás, por um ano, Monica pagou o salário de uma funcionária particular de Dilma.
14- Lembram quando eu escrevi que a dinheirama toda não era para os marqueteiros? O casal era passagem: lavagem!
15- Obtida a reeleição, Mônica e Santana tiraram férias e foram para New York. Com o avanço da Lavajato, Dilma exigiu que Mônica voltasse.
16- Edinho ligou para Mônica em NY e disse que Dilma queria falar com ela. Ela veio para o Brasil em um dia, e voltou no dia seguinte.
17- Mônica tem as passagens que comprovam o bate e volta, com parada no DF. Dilma estava insegura quanto a conta no exterior.
18- DiIma queria que Mônica transferisse a conta de lugar. Ela temia, pois haviam achado a conta de Cunha.
19- Dilma contou a Mônica sobre a conta de Cunha, muito antes de o fato sair na imprensa. Cardozo havia avisado!!!!!
20- Cardozo deve ter pego esses dados pelo guardião, instalado para espionar a Polícia Federal e municiar Dilma com informações!
21- Vocês têm noção da gravidade dessas revelações? E ainda dizem que prender esse pessoal é tortura?!
22- Dilma sabia que a conta de Cunha havia sido encontrada, antes de a imprensa noticiar. Ela sabia da ordem de prisão dos marqueteiros!
23- Quando Dilma avisou Mônica sobre a prisão iminente, disse que o médico monitorava dia e noite. Mônica entendeu ser o médico Cardozo!
24- Não há melhor exemplo de crime organizado. Resgatem os textos da criminologia. O crime é organizado quando se infiltra no Estado.
25- Não se iludam com o discurso ascético que estão tentando construir. Quando o crime toma o poder, a prisão é a resposta adequada!
26- A Imprensa tem noticiado que Mônica criou um e-mail para se comunicar com Dilma. Em seu depoimento, Mônica explica que foram dois.
27- Depois de um tempo, Dilma ficou com medo que o e-mail Iolanda2606 fosse descoberto e pediu para mudar, para despistar!
28- Mônica tem provas de que, quando criou o e-mail estava usando o Wi-Fi do Palácio!
29- Mônica descreve o Alvorada por dentro. Fala sobre o elevador privativo. Também explica suas visitas à casa de Guido Mantega.
30- Prestem atenção: estamos falando da Presidente da República e de Ministros em seus cargos! Mas o trabalho deles era armar contra nós!
31- no dia em que depôs de vestido azul, Mônica falou sobre Gleisi, Paulo Bernardo e Lindbergh. Sempre eles!
32- Paulo Bernardo e Gleisi foram a Salvador, pedir que Santana fizesse a campanha dela. PB era ministro do planejamento!
33- Gleisi falava claramente sobre os pagamentos por fora, mas gostava de consultar PB. Um tal Guilherme Tb acompanhava td.
34- Faltou dinheiro e Gleisi e PB mandaram os marqueteiros cobrarem Palloci.
35- Percebem o tamanho da rede e a sofisticação da organização? Os principais nomes ocupavam (alguns ocupam) os mais altos cargos da nação!
36- Quando Paulo Bernardo foi preso, eu estava no Senado. Gleisi fez um discurso sentido e o Min. Toffoli pulou duas instâncias para soltar!
37- PB foi preso por desviar a aposentadoria de funcionários públicos. Agora, seu nome aparece em outras cenas. Sua prisão era tortura?
38- Muitos estão atacando a Lavajato, sob o pretexto de defender a lei. Desculpem, não sei quem estão protegendo, mas não é a lei.

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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Com toda certeza, o Brasil não precisa de reforma da Previdência


Com toda certeza, o Brasil não precisa de reforma da Previdência

Resultado de imagem para baba do michelzinho chargesJosé Carlos Werneck
Depois que li a notícia de que o Palácio do Planalto emprega uma babá para o Michelzinho, filho do presidente Temer, como assessora do Gabinete da Presidência da República, estou plenamente convencido de que o Brasil não precisa de nenhuma reforma da Previdência, pelo menos, nos moldes desta enviada pelo governo ao Congresso, que não respeita o direito adquirido dos trabalhadores.
Ela recebe R$ 5.194 mensais, fora as diárias referentes às viagens, o que é bem mais que o teto das aposentadorias e pensões pagas pela Previdência Social. O fato choca, ainda mais quando comparamos o lamentável ocorrido e a situação de milhões de mães trabalhadoras que não dispõem de creches para deixar seus filhos, quando se dirigem a seus empregos.
A matéria diz: “Temer afirma que Leandra é alguém por quem o filho “se afeiçoou” e que Michelzinho, de 8 anos, “não precisa de babá”.”
Então, somos obrigados, ”cartesianamente”, a concluir que quem está precisando de babá é o próprio presidente… Definitivamente o Brasil,não precisa de reforma na Previdência, como apregoam o atual Governo e o de seus antecessores, a “brava guerrilheira” Dilma Roussefff, o “trabalhador” Luiz Inácio Lula da Silva e o sociólogo Fernando Henrique Cardoso.
Precisa, urgentemente, de governantes dignos e honestos e, principalmente, com vergonha na cara e que acima de tudo respeitem seus governados, que, com o pagamento de impostos diretos e indiretos, custeiam toda esta farra!

Estão ferindo preceito constitucional da liberdade de imprensa



Estão ferindo preceito constitucional da liberdade de imprensa. (Ricardo Ramos)

Vejam o que escreveu Arnaldo Jabor:
"O que foi que nos aconteceu? No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, ‘explicáveis’ até demais.
Quase toda a verdade já foi descoberta, quase todos os crimes provados, quase todas as mentiras percebidas. Tudo já aconteceu e quase nada acontece.
Parte dos culpados estão catalogados, fichados, processados e condenados e quase nada rola. A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe, tais são as manobras de procrastinação, movidas por um sem número de agentes da quadrilha.
Isto é uma situação inédita na História brasileira!! Nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente e desfigurada!! Os fatos reais mostram que, com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo, de cabo a rabo da máquina pública e desviou bilhões de dinheiro público para encher as contas bancárias dos quadrilheiros e dominar o Estado Brasileiro, tendo em vista se perpetuarem no poder, pelo menos, por 70 anos, como fizeram os outros comunas, com a extinta UNIÃO SOVIÉTICA!!
Grande parte dos culpados, já são conhecidos, quase tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas os governos psicopatas de Lula e Dilma negam e ignoram tudo!!
Questionado ou flagrado, o psicopata CHEFE, não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso, nem vergonha do que fez!!
Mente, compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir o poder. Estes governos são psicopatas!! Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto.
E o pior, é que a dupla Lula-Dilma, amparada em sua imagem de ‘povo’, consegue transformar a Razão em vilã, as provas, em acusações ‘falsas’, a condição de Cúmplices e Comandantes, em ‘vítimas’!!
E a população ignorante e alienada, engole tudo.. Como é possível isso? Simples: o Judiciário paralítico entoca a maioria dos crimes, na Fortaleza da lentidão e da impunidade, a exceção do STF, que, só daqui a seis meses, na melhor das hipóteses, serão concluídos os julgamentos iniciais da trupe, diz o STF.
Parte dos delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem, com a ajuda sempre presente, dos TÓFFOLIS e dos LEVANDOWISKIS. (Some-se à estes dois: Barroso, Teori Zawaski e Rosa Weber)
A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização. Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desses últimos dois governos. Sei que este, é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tinha de ser escrito…
Está havendo uma desmoralização do pensamento. Deprimo-me: Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?’ A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios.
A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo. A cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais aos fatos!! Pior: que os fatos não são nada – só valem as versões, as manipulações. Nos últimos anos, tivemos um grande momento de verdade, louca, operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política.
Depois, surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e a Denúncia do Procurador-geral da república, enquadrando os 39 quadrilheiros do escândalo do MENSALÃO. Faltou o CHEFÃO.
São verdades cristalinas, como sol a Pino. E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de ‘gafe’. Lulo-Petistas clamam: ‘Como é que o Procurador Geral, nomeado pelo Lula, tem o desplante de ser tão claro! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito e, como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT?
Como pode ser tão fiel à letra da Constituição, o infiel Joaquim Barbosa? Como ousaram ser tão honestos?’. Sempre que a verdade eclode, reagem. Quando um juiz condena rápido, é chamado de exibicionista’. Quando apareceu aquela grana toda, no Maranhão, a família Sarney reagiu ofendida com a falta de ‘finesse’ do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando….
Mas agora é diferente. As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo de Lula, foi criando uma língua nova, uma neo-língua empobrecedora da ciência política. Uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista, que está se consolidando no horizonte.
Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem, de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o Populismo e o Simplismo."
Não deixe de repassar, é o mínimo que podemos fazer diante de tanta corrupção!
Pessoal leiam e repassem, estamos sendo tratados como escravos e sem direito a opinião, vamos novamente para as ruas, e agora vamos parar tudo, a situação tem que mudar pelo amor ou pela dor... repassem.


domingo, 14 de maio de 2017

Transformado em ator, Temer se complica e acaba fazendo um papel ridículo


Transformado em ator, Temer se complica e acaba fazendo um papel ridículo



Temer quer se popularizar, mas é missão impossível
Jorge Béja

Em busca de um apoio popular que jamais terá, o presidente temer tornou-se um ator de roteiro de péssimo gosto, como na ida a uma agência da Caixa Econômica Federal, na sexta-feira. A encenação foi acompanhada de cobertura jornalística, e esta foto foi estampada neste sábado (dia 13) pelo jornal O Globo, que a publicou, em tamanho grande, ocupando mais da metade da parte inferior da capa de frente do jornal. Em baixo da foto, a legenda: “OLHA A SENHA!. O presidente Temer, que completou um ano de governo ontem, observa cliente da Caixa Econômica fazer saque de FGTS durante visita de surpresa a uma agência de Brasília”.
Foto e legenda dizem tudo. Por ter sido de “surpresa” a visita de Temer à agência da Caixa, tudo o que aconteceu dentro da agência não era esperado, nem foi combinado antes. Não foi visita de surpresa? Na legenda da foto que O Globo publicou na primeira página há indicação para o leitor saiba mais a respeito da liberação do FGTS na página 21.
DIZ A NOTÍCIA – Sobre a foto e a mulher, que nela aparece diante do caixa eletrônico, com Temer atrás dela bisbilhotando o que ela faz, não existe nenhuma alusão na página 21. Consta apenas que “em Brasília, o presidente Michel Temer foi a uma agência da Caixa, numa visita que não constava na agenda oficial. O peemedebista ficou pouco mais de dez minutos na agência, e conversou com três pessoas que sacavam o dinheiro”.
Ora, se Temer conversou com clientes, isso aconteceu antes ou depois do saque. E a foto não mostra o presidente conversando com a mulher que está no caixa eletrônico fazendo o saque. Nem seria plausível e ético um presidente da República combinar com uma pessoa estranha ou mesmo de sua intimidade, para que os dois, só os dois, simulassem uma encenação só para ele ser fotografado. Isso seria uma enganação para o leitor e para todo o povo brasileiro.
PÉSSIMO GOSTO – Temer foi ator de uma cena de péssimo gosto. O que os bancos, as polícias e as cartilhas de segurança bancária ensinam e se preocupam para aqueles que vão às agências e aos caixas eletrônicos, Temer protagonizou exemplo em sentido contrário. E aquele alerta que O Globo colocou abaixo da foto, em letras maiúsculas, seguida de um ponto de exclamação, mostra e indica o quanto de errado o presidente se prestou a fazer: “OLHA A SENHA!”.
Parece bobagem, mas não é. Um presidente da República tem a obrigação de zelar por sua imagem, por seus gestos, pelo que diz e pelo que faz. Se a foto foi combinada com a mulher, Temer foi palhaço. Se não foi combinação, Temer se esqueceu de que é um presidente da República, ou ainda não sabe que é, e foi duas vezes palhaço. Palhaço que não faz o povo rir, mas chorar de tanta empulhação. A da foto foi apenas mais uma.

                                                                                             

sábado, 13 de maio de 2017

O amante de Gleisi Hoffmann

Exclusivo, segredos de alcova: O amante de Gleisi Hoffmann

10 maio 2017

Cenários rocambolescos costumam testemunhar cenas picantes (mesmo que recheadas de pecado), de amor. É o caso do Gstaad Palace, nos Alpes suíços. Ali, onde o calor dos corpos costuma afastar o frio, Gleisi Hoffmann, a senadora dos olhos verdes do PT, entregou seu coração ao amante. Era sexo selvagem. Ela arranhava, mordia, fazia escorrer filetes de sangue do peito de Alexandre Romano. Depois, para saciar a sede, vinhos e champanhes finíssimos.
Embora contasse, em outros roteiros, com figuras expressivas como as estrelas Brigit Bardot, Madonna e Paris Hilton, o desenho não é de uma cena de Hollywood. Real, repetiu-se em diferentes oportunidades. E Paulo Bernardo,
o marido traído, ficava em Brasília, seja como ministro do Planejamento, seja ocupando a cadeira principal do Ministério das Comunicações, enquanto sua estrela predileta flutuava em na realização de suas fantasias
eróticas.
O certo é que, como em todo romance de alcova, os ingredientes são explosivos. A Operação Lava Jato trouxe à tona um triângulo amoroso protagonizado por três personagens até então conhecidos como sendo do núcleo duro do PT. Alexandre Romano e Gleisi Hoffmann tiveram suas máscaras rasgadas. E Paulo Bernardo, o rosto banhado em lágrimas.
No rastro do advogado Alexandre Correa Romano, a Polícia Federal encontrou um flat que era utilizado para guardar dinheiro e encontros clandestinos e amorosos. Segundo documentos da Operação Lava Jato, o flat fica na rua Jorge Chamas, 334, apartamento 44, em São Paulo. Romano recebia hóspedes ilustres que deixavam malas de dinheiro “esquecidas após a hospedagem”.
Segundo relatório de inteligência da Polícia Federal, o porteiro do flat entregou o vídeo do sistema de TV, onde Romano aparece chegando e deixando o flat 15 minutos depois, com uma mala que, revelou em delação premiada, estava cheia de dinheiro de propina.

Alexandre Romano foi preso na 18ª fase da Lava Jato, batizada de “Pixuleco ll”, e pediu o beneficio da delação premiada. No depoimento, as confissões causaram espanto nas autoridades. Ele revelou seu romance clandestino com a senadora petista Gleisi Hoffmann. A delação, que está sob sigilo, indica também o esquema de propina envolvendo o ex-ministro Paulo Bernardo.
Alexandre Romano foi denunciado por Milton Pascowitch, preso também na Operação Pixuleco. O esquema revela a atuação de Paulo Bernardo, Vaccari, Antonio Palocci e José Dirceu.
Logo após sua prisão, Romano descreveu em seu depoimento, todo o esquema de corrupção na área de Tecnologia da Informação (TI). Os elementos colhidos levaram a PF a preparar a Operação tendo como alvo Antonio Palocci e Guido Mantega.

Recorde-se que em delação premiada, Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira que leva seu nome, na sua mente fértil criou codinomes para planilhas de propinas pagas pelo grupo. E quando se referia a senadora
Gleisi Hoffmann, a chamava de “amante”.
 Em acordo de delação homologado no STF em fevereiro, uma cascata de informações veio à tona envolvendo poder, muito dinheiro e esse triângulo amoroso com sérias crises de ciúme da senadora petista. Romano chegou a dizer: “(…) me arranhou o rosto e rasgou a minha camisa em Assunção (..) era ciúme da minha ex-assessora que é casada e nunca prestei atenção(..) proibiu que eu contratasse jovens e mulheres com menos de 30 anos”.
O depoimento detalhadíssimo é impressionante. O amante, portanto, tem nome, sobrenome e o coração tão “vermelho-petista” como o da loira paranaense. Advogado de 41 anos, nascido em Campinas, ex-vereador de Americana, interior paulista, Romano é amante do luxo e conhecido como um  “bon-vivant”.
Ele dividia com a sua amante gostos excêntricos, como vinhos muito caros, joias e viagens a Portugal, Uruguai e outros países. Até hospedagem em icônico resort na Suíça. Além, é óbvio, da estreita amizade com o ‘amigo’ Lula. Em 2006, o “cara” segundo o presidente do EUA Barack Obama, foi presenteado no aniversário com relógio de R$ 90 mil, da marca suíça Frack Muller.
Tudo isso está documentado. São provas que incluem até recibo de 8 diárias na suíte ‘luxo’ do ‘The Gstaad Palace Hotel’, na região de Gstaad, Alpes suíços, onde o ‘casal’ festejava o dinheiro público em farras íntimas.
Nessa disputada e caríssima suíte, passaram figuras como Brigitte Bardot, Paris Hilton, Madonna, Ronald Reagan e até o casal Trump.
A viagem à Suíça envolvia sexo, romantismo e, obviamente, idas a bancos locais, onde jorrava dinheiro do caixa 2.
Tudo acabou quando Alexandre foi preso e passou a curtir o cárcere em Curitiba. Entregou em delação premiada detalhes precisos da arrecadação de propinas que abasteceram os ex-ministros Paulo Bernardo e Aviação Civil,
Carlos Gabas, ambos do sujo e mafioso dos governos Lula e Dilma.
O ‘Amante’ concordou em devolver aos cofres R$ 6 milhões na delação com os procuradores. Para isso, vendeu dois apartamentos em Miami, cada um por R$ 3 milhões. A delação de Alexandre Romano ainda esta sendo mantida em sigilo em face dos desdobramentos da Operação Pixuleco.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Como médicos são assediados pela indústria farmacêutica para prescrever medicamentos

Como médicos são assediados pela indústria farmacêutica para prescrever medicamentos  

Laboratórios utilizam dados sigilosos das receitas para pressionar profissionais, que recebem brindes, amostras grátis e até inscrições em congressos, em troca de prescrições  

Por: Cleidi Pereira
07/05/2017 - 22h00min | Atualizada em 08/05/2017 - 08h30min

Foto: André Ávila / Agencia RBS  
O paciente que sai do consultório com uma receita em mãos não faz ideia, mas os laboratórios farmacêuticos travam uma batalha nos bastidores para que o médico prescreva o medicamento da empresa que representam. Na linha de frente, um exército de propagandistas, profissionais contratados pela indústria para levar informações técnicas e científicas, explicando riscos e benefícios das substâncias. Na prática, nem sempre é isso que acontece.
Contrariando resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os propagandistas atuam como vendedores de medicamentos. Há casos de brindes, jantares, viagens e até inscrições em congressos oferecidos por laboratórios em troca da prescrição de remédios – prática vedada pela Anvisa e pelo Código de Ética Médica. Nos últimos dois meses, ZH conversou com propagandistas, visitou farmácias, participou de curso de formação e verificou irregularidades.

Maria (nome fictício) tem mais de uma década de experiência na indústria farmacêutica – hoje trabalha em um dos maiores laboratórios do Brasil. Em março, em uma das conversas, havia acabado de negociar com uma médica da Capital a inscrição em um congresso de psiquiatria. Após consultar o gestor e verificar o "potencial prescritivo", cerca de R$ 1,2 mil foram transferidos para a conta da médica, mediante recibo assinado e carimbado.
– Isso vai ter de ser revertido. Ela sabe que vai ter de prescrever a minha marca – resumiu.


Com salário que pode chegar a R$ 7 mil, incluindo comissão, a propagandista visita 15 médicos por dia, em média, e precisa bater metas para atingir o teto da remuneração. Em março, sua cota individual era de mais de 2 mil unidades ou cerca de R$ 200 mil em produtos da sua linha de 10 medicamentos, como anticoncepcionais e antidepressivos. A meta do grupo era atingir R$ 1,5 milhão. Como estratégia "educativa", também leva amostras para residentes de hospitais.
Na palma da mão, Maria tem informações sobre o desempenho dos 300 médicos que visita mensalmente em Porto Alegre. Os balconistas de farmácia lançam em um sistema o registro do médico e o medicamento que prescreveu. Os dados são vendidos para laboratórios por empresas de auditoria.
Basta aplicar alguns filtros e em segundos a propagandista consegue saber quais são os profissionais que mais prescrevem os produtos do seu laboratório. Representantes da indústria negam que a ferramenta possibilite esse nível de detalhamento.
ZH teve acesso ao aplicativo e verificou que é possível saber quem mais receitou o medicamento. O programa exibe a taxa de fidelidade do médico, o que permite ao laboratório saber se o profissional está receitando produtos concorrentes.

Foto: Anderson Fetter / Agencia RBS
Essas informações são cruciais para definir estratégias de abordagem. Na semana passada, ZH acompanhou uma manhã de trabalho da propagandista. Simpática, ela percorre com desenvoltura os consultórios de uma clínica no centro de Porto Alegre, carregando quatro sacolas e maletas recheadas de amostras grátis. As visitas são rápidas, em média cinco minutos. Enquanto aguarda, Maria recorre ao tablet para consultar os dados do profissional.
– Olha, esse aqui está respondendo bem – comenta, apontando para o número de prescrições.
Sobre a mesa do médico, há dezenas de caixas de remédios de outros laboratórios. Maria apresenta uma série de slides com as marcas fabricadas por sua empresa e destaca benefícios em relação aos concorrentes, como preço e quantidade de pílulas. Depois de entregar 18 caixas de amostras de vitaminas e anticoncepcionais, despede-se:
– Se puder estar lembrando (cita as marcas), te agradeço.
A reportagem também presenciou a entrega de antidepressivo de uma propagandista para outra, sem receita. A Anvisa proíbe essa prática. Resolução de 2009 determina que "as amostras grátis de medicamentos somente podem ser distribuídas pelas empresas aos profissionais prescritores (médicos e dentistas)". Também só podem ser distribuídas "mediante aceitação documentada" dos profissionais.
Depois de uma hora na clínica, onde visitou quatro médicos e distribuiu 73 caixas de medicamentos, Maria deixa o local mais leve. Mas por pouco tempo. Logo após a pausa para o almoço, a peregrinação recomeça com as bolsas reabastecidas de remédios.

Laboratórios pagam comissão para vendedor de farmácia substituir a marca

As farmácias são outro front de batalha da indústria farmacêutica. Afinal, não basta o médico prescrever o remédio. É preciso que os balconistas vendam o que, de fato, consta na receita. Enquanto alguns laboratórios optam por investir na relação com os médicos, outros focam nos pontos de venda.
Esses fabricantes – geralmente de genéricos e similares – costumam oferecer bonificação para que os atendentes substituam o medicamento. O gerente de uma farmácia de rede no centro de Porto Alegre confirma a prática. Segundo ele, a comissão varia de 1% a 4% sobre o preço do produto.
Apesar de os fabricantes negarem, a utilização dos dados como forma de pressionar médicos não é novidade. Em 2013, o Conselho Federal de Medicina (CFM) criticou e condenou a prática por violar "fundamentos da Constituição, podendo configurar infração ao Código Penal brasileiro". Desde 2015, tramita na Câmara projeto de lei que configura como infração sanitária a violação do sigilo das prescrições e estabelece penas. 

Entidades negam irregularidades 

Entidades que representam laboratórios e redes de farmácias não veem irregularidade na coleta de dados do receituário médico. Presidente da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto diz que a captação de informações é "algo comum no mundo inteiro" e que a prática "acaba beneficiando o consumidor". Segundo ele, "não faz sentido" saber o que determinado médico prescreveu e, sim, o comportamento de consumo em geral.
Nelson Mussolini, presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Sindusfarma), que representa 95% do mercado de medicamentos no Brasil, nega que os dados sejam utilizados para pressionar médicos. Conforme o dirigente, as pesquisas são "muito genéricas e trazem dados globais, que auxiliam a indústria para saber qual a performance dos seus produtos":
– A gente olha o número de prescrições, mas não olha se foi médico A, B, C ou D.
Sobre a atuação dos propagandistas, Mussolini reconhece que é proibido oferecer qualquer tipo de vantagem em troca de prescrição. No entanto, admite que "existem alguns patrocínios em congressos médicos, mas isso é muito claro e voltado para transferência de conhecimento".
Algumas entidades, como a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), têm código de conduta que baliza a relação com os profissionais de saúde. De acordo com Pedro Bernardo, diretor da Interfarma, o regulamento proíbe que seja oferecida qualquer vantagem que "possa influenciar a conduta do médico na hora de prescrever" – o que inclui pequenos brindes:
– O médico tem de ter total liberdade para fazer sua prescrição.

O que diz o Conselho Regional de Medicina do RS (CREMERS)
O presidente Fernando Matos ressalta que o Código de Ética Médica e as resoluções do Conselho Federal de Medicina proíbem que profissionais recebam brinde ou vantagem dos laboratórios em troca de prescrições. Se houver denúncia, o Cremers pode abrir sindicância. Sobre a captação de dados das receitas pelas farmácias, diz que, "antigamente, era usado para fazer propaganda de forma mais agressiva", mas que, hoje, caiu em desuso, pois os médicos prescrevem "muito mais a substância e não a marca".

O que diz o Conselho Regional de Farmácia do RS (CRF-RS)

Sobre a captação de dados das receitas e bonificação paga pelos laboratórios, o presidente Maurício Schüler Nin afirma que podem "levar a um claro risco de prejudicar os esforços para o uso racional de medicamentos e promover certa pressão sobre o prescritor, fazendo com que o sistema de aplicação de benefícios a prescritores por parte de laboratórios traga prejuízos, inclusive ao consumidor". No entanto, ele destaca que "não há impedimento legal claro normatizado pela Anvisa".