Dilma sumiu
do mapa após saber que Marcelo Odebrecht vai depor no TSE sobre propina em sua
campanha – 23/02/2017 - 23,06
A
ex-presidente Dilma Rousseff está prestes a provar o gostinho antecipado do
estrago provocado por uma das delações mais devastadoras da Lava Jato. Marcelo
Odebrecht, o ex-presidente da maior empreiteira da América Latina irá depor na
próxima quinta-feira, 1º de março ministro do Tribunal Superior Eleitoral,
Herman Benjamim, através de videoconferência.
Além de
Marcelo Odebrecht, o relator da ação que investiga irregularidades na campanha
de Dilma irá ouvir os depoimentos dos ex-executivos da empreiteira Cláudio Melo
Filho e Alexandrino de Salles Ramos.
O relator no
TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da ação que pede a cassação da chapa Dilma/Temer,
o ministro Herman Benjamim, marcou para março o depoimento de Marcelo
Odebrecht, ex-presidente da construtora, e dos ex-executivos da empreiteira
Cláudio Melo
Filho e Alexandrino de Salles Ramos, que serão ouvidos em Brasília no dia 2 de
março.
"Por tais razões, diante de
indicativos extraídos da mídia escrita sobre a recente homologação da
colaboração premiada de 77 (setenta e sete) executivos da empresa Odebrecht, no
âmbito da denominada Operação Lava Jato, e de que houve depoimentos
relacionados à campanha eleitoral da chapa Dilma-Temer em 2014,
determino a oitiva das testemunhas", diz trecho do
despacho do ministro.
Segundo os
relatos gravados e documentados no acordo de colaboração da empreiteira com a
Lava Jato, foram doados de maneira ilegal (caixa 2) cerca de R$ 30 milhões para
a campanha de Dilma.
A defesa de
Temer no TSE sustenta que, como candidato a vice-presidente, ele não teve
responsabilidade sobre as irregularidades apontadas na ação. Além disso, existe
o argumento de que as contabilidades seriam administradas em separado.
Ainda
segundo Benjamim, as oitivas foram autorizadas pelo relator da Operação Lava Jato
no STF, ministro Edson Fachin, e pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
chefe da força-tarefa de procuradores da operação.
A
expectativa é a de que Marcelo Odebrecht e ou outros dois ex-executivos do
grupo confirmem os depoimentos devastadores contra Dilma que constam em seus
acordos de delação.
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