Oportunidade e oportunismo no assalto à Petrobras
Sylo
Costa
Disse o
ex-Presidente Getúlio Vargas: “Eu não sou um oportunista. Sou um homem das
oportunidades. Se um cavalo passar encilhado em minha frente, eu monto”. Já o
romancista francês Chapelan afirmou que “todo mundo é oportunista, mas nem
todos sabem sê-lo oportunamente”.
Eu, que
nada sou, digo que oportunismo é transformar o cargo de diretor-geral da
Polícia Federal em cargo de confiança da Presidência da República, procedimento
do desgoverno de dona Dilma para, naturalmente, evitar uma investigação como a
do mensalão e a do “pequeno deslize”, no caso do assalto aos cofres da Petrobras.
Também é oportunismo mudar o orçamento da União no final do exercício para
fazer de conta que cumpriu a lei, no caso do “superávit primário”. Seja
presidente ou presidenta, como queiram, o certo é que não se pode mudar a regra
depois do jogo começado e, neste caso, o jogo está no fim.
Esse caso
da Petrobras, como os outros tantos assaltos de que o povo está sendo vítima, é
sinal de nosso tempo político. Será que a Petrobras seria saqueada
continuadamente como tem sido ao longo do tempo, se fosse uma empresa privada?
Por que não se vê isso em grandes empresas e bancos? E por que acontece, às
vezes, ou quase sempre, também com o Banco do Brasil? Porque o Estado é mau
patrão, é mau comerciante, é mau industrial, é mau em tudo e deveria existir só
para nos organizar em sociedade, nada mais que isso. Mas aí o assunto passa a
ser o Estado mínimo e pode ser discutido depois, quando tivermos o povo educado
e sadio. Não tenho dúvida: pecados cabeludos como esses que existem aqui só
acontecem porque o Estado é tudo, e tudo é Estado.
Até
parece que sou socialista ou comunista… Sou não, penso assim porque estudei,
sou sadio e concordo com Churchill: “O vício inerente ao capitalismo é a
distribuição desigual das riquezas, já a virtude do socialismo é a divisão
igualitária da miséria.” (transcrito de O Tempo)
Tribuna da Internet
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