quarta-feira, 21 de setembro de 2011
A doença da Saúde é outra.
Quando a CPMF existia, a Saúde era a
mesma porcaria no Brasil. Onde o governo enfiava os R$ 40 bilhões,
ninguém sabe, porque eram as mesmas filas, a mesma precariedade de
atendimento, a mesma péssima qualidade dos serviços públicos prestados. O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, obviamente do PT, está afirmando
que faltam R$ 45 bilhões para o setor. Basicamente, a CPMF, apesar de
que o IOF aumentado para compensar a sua perda vai render 30 bilhões em
2011. O que falta à Saúde é basicamente dar prioridade à Saúde, o que o
PT não tem feito, preferindo comprar apoios de políticos corruptos,
fazer a alegria dos bancos e criar uma casta de empresas privadas que
mamam desavergonhadamente nas tetas do BNDES. José Serra afirma, em
artigo recentemente publicado no Estadão, que é uma verdadeira
radiogafia do setor:
A Saúde precisa, sim, de mais
recursos federais, e eles tinham de ter saído e devem sair das receitas
existentes. Dentro do próprio setor há um mundo de possibilidades de
redefinição de custos e prioridades, questões que saíram da sua agenda
desde 2003. E o que dizer sobre a qualidade dos gastos federais? Dois
pequenos exemplos: cerca de R$ 700 milhões poderiam ser destinados à
Saúde com o simples cancelamento do projeto executivo do trem-bala,
essa grande alucinação ferroviária; outro tanto poderia ser obtido
cortando despesas com boa parte das ONGs e festas municipais, no âmbito
do Turismo, item escabroso em desvio de recursos. E pode-se permitir,
sim, que iguais montantes virem emendas para a Saúde, de forma
criteriosa e controlada. Em suma, trata-se de governar com prioridades
claras, determinação e, é claro!, com rumos, sabendo-se o que ser quer.
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