quinta-feira, 22 de setembro de 2011
O corrupto PT, o fisiológico PMDB e o financiamento público de campanha.
O
que você acha de pagar com o dinheiro do seu imposto a propaganda deste
petista cara de pau? Ele é um político profissional, relator da Reforma
Política e quer passar para o bolso do brasileiro a conta da sua
campanha eleitoral. Será que, depois de eleito, ele vai doar os salários
e as mordomias que recebe para construir uma creche, um hospital, uma
escola? E some-se a isso o famoso caixa dois do PT, reconhecido pelo
próprio Lula, que vem desde os tempos do Bancoop, das coletas de lixo em
Santo André, do mensalão, das empreiteiras do PAC e das obras
internacionais financiadas por bancos estatais. Aliás, não por acaso,
Henrique Fontana também era o líder do governo na Câmara, em 2005,
durante o Mensalão e fez parte da tropa de choque que abafou a
roubalheira. É preciso ficar muito revoltado com isso. É preciso
dizer não ao financiamento público de campanha, que só favorece os
corruptos que, hoje, estão loteando o estado brasileiro.
Leia abaixo o artigo de José Serra, publicado hoje no Estadão, sob o título " O ruim pelo pior".
A democracia representativa é a
celebração de um compromisso: o cidadão delega a um igual o privilégio
de ser seu porta-voz. Se esse vínculo se perde, se o representante se
distancia do representado, então é o próprio modelo que se
descaracteriza. Depois de algum tempo, cerca de 70% dos eleitores
brasileiros não se lembram do voto para deputado estadual e federal. O
custo de nossas eleições parlamentares é astronômico, o mais alto do
mundo, e a vigilância que o votante exerce sobre o votado é
praticamente nenhuma, o que concorre para a degeneração dos partidos.
Campanhas caras, falta de representatividade e frustração dos eleitores com os parlamentares: eis um tripé característico da política brasileira. Esses fatores têm raízes históricas e culturais. Resultam também da falta de controles legais, da impunidade e das falhas de informação. E ainda, como nos últimos anos, da generalização do uso sem pudor das máquinas de governo, pela entrega de capitanias a partidos e grupos de partidos. Mas não há dúvida de que as regras político-eleitorais têm tido papel decisivo na manutenção desse tripé.
Pelas regras atuais, os partidos apresentam listas de candidatos que disputarão os votos de todos os eleitores do Estado (ou município, nas eleições para vereador). Nesse sistema proporcional, quanto mais candidatos por legenda, melhor, pois a soma de votos deles vai definir o número de parlamentares eleitos por partido. E elegem-se os individualmente mais votados.
O sistema exacerba o individualismo político, cria um fosso entre o eleito e o eleitor e implica gastos elevadíssimos. Em São Paulo, por exemplo, cada candidato a deputado deve buscar votos entre 30 milhões de eleitores, em todo o Estado, competindo com centenas de rivais, inclusive os colegas de partido. Note-se que os altíssimos custos dessas campanhas são, em boa parte, transferidos para os candidatos majoritários - a presidente, governador e senador (e prefeito, nas eleições municipais).
Campanhas caras, falta de representatividade e frustração dos eleitores com os parlamentares: eis um tripé característico da política brasileira. Esses fatores têm raízes históricas e culturais. Resultam também da falta de controles legais, da impunidade e das falhas de informação. E ainda, como nos últimos anos, da generalização do uso sem pudor das máquinas de governo, pela entrega de capitanias a partidos e grupos de partidos. Mas não há dúvida de que as regras político-eleitorais têm tido papel decisivo na manutenção desse tripé.
Pelas regras atuais, os partidos apresentam listas de candidatos que disputarão os votos de todos os eleitores do Estado (ou município, nas eleições para vereador). Nesse sistema proporcional, quanto mais candidatos por legenda, melhor, pois a soma de votos deles vai definir o número de parlamentares eleitos por partido. E elegem-se os individualmente mais votados.
O sistema exacerba o individualismo político, cria um fosso entre o eleito e o eleitor e implica gastos elevadíssimos. Em São Paulo, por exemplo, cada candidato a deputado deve buscar votos entre 30 milhões de eleitores, em todo o Estado, competindo com centenas de rivais, inclusive os colegas de partido. Note-se que os altíssimos custos dessas campanhas são, em boa parte, transferidos para os candidatos majoritários - a presidente, governador e senador (e prefeito, nas eleições municipais).
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