UNIMED VALE DOS SINOS DE NOVO HAMBURGO
Att. Dr. Luis Carlos Meio
Rua Tupi, 962
Novo Hamburgo – RS
Prezado Doutor
Elimar Campos, inscrito no CPF sob nº
xxx.xxx.xxx-04, e portadora do RG nºxxxxxxxxxx, residente em São Leopoldo, RS,
vem apresentar RECLAMAÇÃO por negligência e descaso contra Sílvia
Dorigoni e equipe do Pronto Atendimento da Unimed Vale dos Sinos - São Leopoldo
- RS, pelos motivos a seguir expostos:
No dia 22 de julho de 2011, às 17hs eu Elimar Campos, dei entrada no Pronto Atendimento da
Unimed Vale dos Sinos - São Leopoldo, com fortes dores no peito e muita
ansiedade. Como o atendimento seria particular, a instituição exigiu o
pagamento de R$ 400,00 (quatrocentos reais) a título de caução, (Caução proibida,
Diário Oficial - Lei Nº 3.359 de 07/01/2002) e somente após esse
pagamento é que eles poderiam dar prosseguimento ao atendimento. Feito o
pagamento eu fui encaminhado ao setor ambulatorial da instituição e somente
após 10 minutos e muita reclamação de meus familiares a Dra Silvia me atendeu.
A Doutora solicitou um eletrocardiograma,
porém não tinha condições de interpretar o exame, pois não era a sua especialidade.
Foi solicitado que o cardiologista Dr. José Antônio Albrecht comparecesse no P.A. da Unimed para dar o
laudo do exame,
porém às
19h00min uma enfermeira informou aos meus familiares que o Dr. Albrecht estava
em Esteio a caminho de Porto Alegre e que não voltaria para dar o laudo do
exame.
Enquanto a Doutora aguardava o médico
responsável para interpretar o eletrocardiograma, foi realizado exame de sangue
e raio x dos pulmões, sendo que ambos os exames foram "normal" (o
exame de sangue foi feito novamente no Hospital Regina e deu anormal).
A Doutora sugeriu aos meus familiares que
talvez tivesse que me levar ao Hospital Centenário de São Leopoldo - RS, que foi recusado pelos meus
familiares e se eu tivesse que ir para algum hospital que deveria ser o
Hospital Regina em Novo Hamburgo- RS.
Às 19h30min acabou o turno da Dra. Silvia
Dorigoni e esta me passou a Doutora do próximo plantão. Às 21 horas esta
Doutora disse que não poderia fazer mais nada por mim e entregou para aos meus familiares,
o exame eletrocardiograma sem laudo e o exame de sangue e aconselhando que eu, deveria ir ao hospital e
o liberou do PA.
da Unimed.
Eu sai da Unimed e fui para o Hospital
Regina em Novo Hamburgo, em um carro particular. Chegando ao hospital eu fui
encaminhado ao setor de emergência e depois de relatar toda a minha trajetória
e entregar os exames, que foram realizados na Unimed São Leopoldo, ao médico
plantonista. Este informou que os exames estavam confusos e o eletro sem laudo,
e teria que repetir os exames.
Após os exames, o médico disse que eu tinha
tido um infarto, que mais tarde foi
diagnosticado no miocárdio direito e
ainda corria sério risco de ter um novo infarto a qualquer momento se não fosse
tratado o mais rápido possível. Sendo que eu deveria ter sido removido da
Unimed de São Leopoldo para o Hospital Regina em Novo Hamburgo em uma
ambulância com UTI Móvel, pois corria risco de vida.
Os familiares inconformados com o
atendimento realizado no P.A. da Unimed de SãoLeopoldo fizeram uma reclamação ao Setor de Relacionamento ao
Cliente via e-mail no dia 26/07/2011 (em anexo 01 abaixo). Esta reclamação foi feita pela minha irmã,
sendo que o Dr. José Antônio Albrecht fez uma ligação muito grosseira, com
ameaças e coações e eu não entendi o porque de sua agressão, pois ele disse que
não tinha responsabilidade e obrigação de estar no P. A., se não tinha
obrigação então porque a grosseria.
Esta reclamação foi respondida pelo setor
responsável
no dia
29/07/2011 (em anexo 02 abaixo), e destaco
os seguintes pontos:
Ao contrário do que foi relatado eu não
apresentei melhora no quadro de dor, é obvio que uma pessoa quando está sentindo
muita dor (como é o caso de um
infarto) vai
estar muita agitada e ansiosa.
Depois do ECG a Doutora informou aos
familiares que havia alteração, mas que não sabia interpretar e que
chamou o Doutor responsável pelo setor cardiológico.
Em nenhum momento o eu recebi oxigênio e
monitoração cardíaca.
Quando houve recusa do médico responsável
pelo laudo, a médica sugeriu que talvez fosse necessário a transferência para o
Hospital Centenário, sendo que os familiares
optaram, caso necessário, o Hospital
Regina. Os familiares ficaram a espera da transferência, porém após 04 horas do
primeiro atendimento, eu fui liberado com a sugestão de que deveria procurar
atendimento em um hospital, sem diagnóstico e sem acompanhamento médico.
Diante destas informações citadas acima,
concluí que houve demora, negligência e descaso no atendimento prestado no Pronto
Atendimento de São Leopoldo, sendo que toda a medicação que recebi foi, um soro
na veia e uma injeção de DIAZEPAN. Nem todas as medidas cabíveis foram tomadas, se a médica
não sabia o que fazer, deveria me transferir imediatamente para um hospital,
com acompanhamento em uma UTI Móvel e não ter ficado comigo durante 04 horas e
liberado sem diagnóstico e sem nenhuma responsabilidade.
A maior preocupação do Pronto Atendimento
era em relação às taxas que deveriam ser paga para realizar os exames, o qual os meus familiares
eram constantemente lembrados.
Conforme a equipe do Hospital Regina, que
prontamente diagnosticou o infarto e medicou, e disse: se demorasse mais alguns minutos eu poderia
ter outro infarto e vindo a falecer a caminho do hospital, por causa da demora
no atendimento e sem medicação.
Solicitei providências a serem tomadas
contra a equipe do Pronto Atendimento da Unimed de São Leopoldo, para que este e
seus cooperados sejam referência em saúde
na cidade São Leopoldo e não serem
comparados com o atendimento realizado pelo SUS e gostaria de deixar claro que esta
reclamação está sendo feita para que essa situação não
ocorra com outros pacientes que procuram o Pronto Atendimento da Unimed.
Até
o momento nenhuma providência foi tomada, a não ser, a de cobrar mais R$
183,50, dando 10% de descontos, e agora já este valor é de R$ 134,50 com 10 %
de descontos, se estão dando desconto é porque algo errado tem no meio.
Elimar
Campos
ANEXO 01
Na sexta-feira dia 22/07 em torno das 17:00
hs, o paciente Elimar Silveira Campos deu entrada no P.A.de São Leopoldo para
atendimento de urgência. Foi encaminhado e apesar de estar se sentindo muito mal, teve que
aguardar, pois a dra.Silvia Dorigoni estava em atendimento.
Foi solicitado um eletrocardiograma e exame
de sangue (Troponina Cardíaca ) ..... no eletro a dra. verificou alteração, mas não sabia interpretar, então fez contato com o
plantão cardiológico e este por sua vez disse que estava em Esteio, indo para Porto Alegre e
que não voltaria ( Dr.José Antônio Albrecht ). E o exame de sangue levou 1h e 30 min para ficar pronto, porque
tiveram que mandar de motoboy para outra cidade, enfim.
....depois de tudo pronto e
nada esclarecido ele simplesmente foi liberado, isto já era +/- 21:00 hs.
A dra. Silvia aconselhou que fossem
procurar atendimento em um hospital, então eles foram para o Hospital Regina,
onde tiveram que repetir o eletro, porque o primeiro não esclareceu o problema e este segundo
mostrou um infarto (obstrução parcial da coronária direita ), repetiram também o exame de sangue que ao contrario do 1º, não estava normal, enfim e outros exames
também foram feitos, pois para medicá-Io precisavam saber o que tinha sido
feito em São Leopoldo ( não foi fornecido nenhum prontuário de atendimento ).
Ele ficou internado por quatro dias, passou
por cateterismo,
colocou
stent e graças a deus, já está em casa.
As perguntas que ficam são:
Afinal que plantão cárdio é esse? Pode
ficar descoberto?É um plantonista só?
Porque ficaram tanto tempo com ele se não
iam resolver? Porque ele ficar 4 horas, sair sem diagnóstico e ir infartado para
Novo Hamburgo de carro, talvez tenha sido um pouco arriscado.
E por fim, como ele era um paciente particular,
a preocupação com valores era grande, porque a todo momento os familiares eram lembrados de pagamentos
de taxas, sendo que a caução foi das primeiras coisas a ser acertada.
Fico no aguardo de um retorno, até porque tem a conta
para ser acertada ainda e acredito que algumas coisas podem ser discutidas.
Grato – Meu familiar
ANEXO 02
From: "fabiana.muller"
fabiana.muller@vs.unimed.com.br
To:
Sent: Sex 29/07/11 - 10:07
Subject: Fwd: Re: atendimento Elimar Campos
Prezada.... Minha irmã:
Bom dia!
Com relação a sua manifestação, acerca do atendimento
prestado na sexta-feira dia 22/07/2011 pela nossa médica cooperada Dra. Silvia Dorigoni,
foi verificado o prontuário juntamente a direção técnica e aos profissionais e
tivemos o seguinte retorno. Que não
houve nada de errado, pois segundo a Dra. Silvia, foi medicado prontamente,
apesar do alívio da dor relatado e o paciente seguia com muita agitação e
desejava ir para casa. Foi realizado ECG que mostrava alterações sugestivas de doença
coronariana e conforme a mesma, conversou com os familiares e colocou a
situação e os achados do eletrocardiograma e então o paciente foi monitorizado
e medicado.
Após a Dra.
solicitou o exame de Troponina e assim
comunicado aos familiares seu desejo de transferir o paciente ao hospital centenário,
que foi recusado de imediato. Relatado então que aguardaríamos o exame para
definir problema cardíaco e sugerido a vocês o Pronto-cardio do Hospital
Regina, como opção para o caso de o exame estar alterado e conseqüentemente o paciente
necessitar hospitalização.
Diante destas informações citadas acima, concluímos que não houve
demora no atendimento prestado no Pronto Atendimento de São Leopoldo. O eletrocardiograma foi
constatado tratar-se de exame alterado e sugestivo de
doença coronariana e foi comunicado aos familiares presentes. Todas
as medidas cabíveis foram tomadas, como: alívio da dor, oxigênio e monitorização
cardíaca e o paciente encontra-se em ambiente hospitalar e que apresenta condições plenas para o tratamento de qualquer
intercorrência que surgisse e lembrando que os familiares estavam informados de
todos os procedimentos realizados.
Estou ciente que o Dr. José Antônio
Albrecht já entrou em contato com você para esclarecer sobre o eletrocardiograma
realizado e também informado a Sra. que não temos plantão cardiológico e quando temos problemas
cardiológicos é efetuado o encaminhamento, como feito pela Dra. Silvia.
Queremos ressaltar a importância da sua
manifestação,
a qual nos
permite acompanhar o atendimento prestado pelos nossos cooperados e aplicarmos
melhorias sempre que necessário.
O Setor de Atendimento com Cliente da
Unimed VS se coloca a disposição para outras dúvidas que se fizerem necessárias.
___________________________________________________
Ainda vai ter mais....
Ainda vai ter mais....
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