Protesto bloqueia acesso à Capital pela ponte do Guaíba

Protesto bloqueia acesso à Capital pela ponte do Guaíba e causa 10 quilômetros de lentidão

Mobilização de trabalhadores da área carbonífera busca chamar a atenção da presidente Dilma

Atualizada às 09h56min

Um protesto de cerca de 300 trabalhadores da área carbonífera do Estado bloqueia o acesso a Porto Alegre pela ponte de Guaíba, no km 97 da BR-290, na manhã desta sexta-feira. Os manifestantes interditaram ambos os sentidos da rodovia, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal.

Conforme os agentes, às 9h40min, a mobilização provocava pelo menos 10 quilômetros de congestionamento nos dois sentidos. No sentido Interior-Capital, o trânsito está parado entre os kms 107 e 97. No lado contrário, do km 93 ao 97.  

O protesto provoca transtornos em outras vias, como na Castelo Branco. Segunda a EPTC, a avenida está parada. Para tentar desafogar a via, agentes de trânsito bloquearam seu acesso pela Avenida Júlio de Castilhos. A empresa orienta os condutores que utilizem as avenidas Farrapos, Voluntários da Pátria. 
Protesto é organizado por trabalhadores de mineradoras

Com o objetivo de chamar a atenção da presidente Dilma Rousseff, que cumpre agenda na Capital, o movimento é organizado por diversos sindicatos de trabalhadores das mineradoras da região de Candiota e do baixo Jacuí, além de representantes de mineiros de Santa Catarina e Paraná.

Segundo o presidente do Sindicato dos Mineiros do RS, Oniro Camilo, o protesto é contra a não inclusão do carvão no leilão de energia A-5, que será promovido pelo Ministério de Minas e Energia e envolve a compra de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos.

— Nosso protesto é pacífico. Não queremos tumulto. A presidente Dilma vai visitar a África do Sul, que é um país que usa o carvão em larga escala. Queremos uma audiência com ela para pedir a inclusão do carvão na matriz energética — afirmou.

O presidente do Sindicato dos Mineiros de Candiota, Wagner Pinto, destacou que a região poderá perder até 50 mil empregos diretos e indiretos com a decisão do governo.

— Há meses estamos pedindo um encontro com a presidente Dilma para tratar do assunto e inclusive já fomos a Brasília. Estamos preocupados com a manutenção dos nossos empregos — salientou.

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